segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fórum de Comunicação e Sustentabilidade - Minhas impressões

Sexta-feira, 27 de maio, Serraria Souza Pinto, 09h40: “O ser humano é a soma da complexidade do universo, é um conjunto de reações químicas. A questão da água é a questão mais importante do século XXI, ela tem que ser preservada a qualquer custo. A Terra é um planeta único, por isso precisamos mudar nossa atitude diante da natureza”

Foi com essas palavras que o físico brasileiro Marcelo Gleiser começou a se pronunciar no IV Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade, que aconteceu em Belo Horizonte nos dias 26 e 27 de maio. O evento é promovido pela Atitude Brasil, uma empresa de comunicação social, cultural e ambiental, especializada no desenvolvimento de programas e projetos com foco nos princípios da sustentabilidade e na democratização da informação. O evento chegou a capital mineira depois de passar por Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.


Por alguns instantes pensei: “O que estou fazendo aqui? Por que o discurso é sempre o mesmo? Não há nada de novo para acrescentar?”. Aquietei-me e olhei para as pessoas que estavam a minha volta. Assim como eu, elas haviam abandonado os seus a fazeres e estavam ali, para discutir ou ouvir o mais do mesma coisa. Refleti: “escutar nunca é demais”, e de certo não é.




No palco junto com Gleiser estava Felipe Andueza, que coordenou um projeto com lixos eletrônicos, Rainer Nõlvak, estoniano que idealizou o Let’s do It!, uma ação cívica com 50 mil voluntários que realizaram a limpeza da Estônia em apenas um dia e Tião Santos, o famoso catador de materiais recicláveis cujo trabalho serviu de arte para Vik Muniz e que ganhou as telonas no documentário indicado ao Oscar “Lixo Extraordinário”. Eles estavam assentados nessa ordem.



Aos poucos me envolvi com o assunto. A mesa era sobre Integridade Ecológica. Por mais repetitivo que seja, a sustentabilidade é uma das pautas da sociedade contemporânea. O que de início me causou certa antipatia, no meio já chamava a minha atenção. Gleiser enfatizou a importância da preservação através de medidas simples, um be-a-bá de atitudes que melhoram nossa relação com o meio ambiente. “É questão de conscientização. A natureza reaproveita tudo, é o maior exemplo de reciclagem. Por que não usá-la como metáfora para as nossas ações?”, questionou o físico às 500 pessoas que estavam ali presentes.



Nesse momento já estava imerso no assunto. Felipe Andueza não gastou mais que 20 minutos para falar do seu projeto. Trata-se de um blog que agrega referências e informações sobre o Lixo Eletrônico no país e que é construído colaborativamente com pessoas de diversos lugares. Uma prova de que rede, se bem usada, está a favor principalmente, das boas ações.



Rainer, Felipe, Tião e Gleiser. Palestrantes da mesa sobre Integridade Ecológica no IV Fórum de Comunicação e Sustentabilidade (Foto: Montagem com fotos extraídas da Internet)



Rainer Nõlvak e o seu Let’s do it! me mostraram que basta dizer sim. Nas palavras do empresário, “precisamos reunir as pessoas e apresentá-las um novo projeto, se transformarmos o mundo junto, tudo será uma festa”, disse. Rainer reuniu 50 mil voluntários e limpou a Estônia em 5 horas. Hoje, eles possuem um mapeamento mundial do lixo e conta com equipes em 30 países. Aliás, o Limpa Brasil 2011 acontece a partir do dia 05 de junho no Rio de Janeiro e chega pela primeira vez em Belo Horizonte, nos dias 18 e 19 do mesmo mês.



Tião Santos, presidente da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Gramacho – lixão do Rio de Janeiro que recebe 12 mil toneladas de lixo por dia, cenário do documentário de Vik Muniz, toma a palavra. Ele começa sua reflexão falando da complexidade da palavra sustentabilidade. “Não existe sustentabilidade, onde as pessoas que movem o serviço estão localizadas nos lixões e puxando carroças, e no Brasil, são mais de 1 milhão e 200 mil pessoas”. A sabedoria das palavras de um homem que a vida se encarregou de ser a escola foi diversas vezes aplaudida pela plateia que parou para ouví-lo.



O físico, o blogueiro-ativista, o empresário e o catador de materiais recicláveis juntos para discutir um problema que é de todos: o lixo. Aquele que eu, você, a Dilma e todos os demais produzimos. Do momento fica a reflexão, o saber ouvir e a energia para batalhar em prol de um meio ambiente que começa no meu quintal. É o pensar globalmente e agir localmente. Foram aproximadamente 3 horas de uma conversa que não termina por ali – e agora eu sei o porquê da velha repetição: “o mundo é o que é porque nós não somos o que deveríamos ser”.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Um espaço para se viver feliz

Foi por meio de um sonho que a professora de matemática aposentada Cleuza Mourão decidiu criar o Projeto Vivendo Feliz, que funciona de segunda a sábado no salão da Paróquia Bom Pastor, no Bairro Dom Cabral. A iniciativa conta com a colaboração de várias pessoas que oferecem diversas oficinas para crianças carentes da comunidade.

Ouça Cleuza Mourão contanto sobre o seu sonho

Cleuza Mourão

Cleuza preparou esta massa e partilhou a ideia com as pessoas que já trabalhavam na igreja Ela escreveu o projeto, conseguiu reunir as pessoas para trabalhar com e para as crianças no Vivendo Feliz e começou a coordenar os trabalhos. “As crianças que estão aqui têm grandes problemas em casa. A grande maioria dos pais são usuários de droga, alcoólatras. É uma comunidade muito carente”, diz.

Em média, cerca de 60 crianças são atendidas pelo projeto que se mantém com doações das pessoas da comunidade, de instituições como o Vicariato Episcopal para a Pastoral da Arquidiocese de Belo Horizonte, que possibilitou a compra de uma geladeira e de um fogão para o projeto, e também da CNBB, através do fundos para pastorais doados pela Campanha da Fraternidade.

Segundo Cleuza, a participação das crianças é maior no sábado, já que durante a semana muitas delas estudam em tempo integral. Neste dia é oferecido oficinas de português e inglês, dança e teatro. (veja abaixo o cronograma de atividades desenvolvidas pelo projeto) Anualmente o Vivendo Feliz realiza um Festival de Talentos que reúne grupos de dança e de teatro, além dos talentos da comunidade. O tema do festival gira em torno no tema geral da Campanha da Fraternidade. Este anos, como o tema é a preservação do Meio Ambiente, todos os trabalhos desenvolvidos são voltados para a natureza. "Este ano além do festival, estamos preparando uma passeata para o dia 21 de setembro, dia da árvore, onde nós vamos reunir todas as crianças para fazer um ato de apoio a natureza, e ao mesmo tempo de conscientização. Neste dia nós vamos plantar algumas árvores aqui na praça do bairro", conta Cleuza.

O projeto que este ano completa 4 anos conta com a ajuda de pessoas como a fonoaudióloga Raquel Luiza Carvalho de Paula de Lima, que desenvolve trabalhos de escrita e oralidade com as crianças. “Eu sempre trabalhei como voluntária, sempre gostei de ajudar as pessoas”, conta. No Vivendo Feliz, Raquel atende 14 crianças todas as quartas-feiras na parte da tarde. Pela manhã ela também realiza o mesmo trabalho com as crianças da Creche Bom Pastor, também no Dom Cabral. “Quando eu estou fazendo o meu trabalho voluntário como fonoaudiólogo eu estou levando o meu recado como pessoa”, afirma.


Raquel e Ulisses durante a Oficina de Escrita e Oralidade no Vivendo Feliz

Ulisses Miguel Sobral, 11 anos, é um dos frequentadores do Projeto e é uma das crianças com quem Raquel trabalha. Ele está no 5º ano (antiga 4ª série) e diz que antes de participar do projeto tinha dificuldades para ler e aprender, e com o incentivo da mãe está sempre presente na oficina. “Minha mãe fala que é melhor para mim porque eu aprendo mais. Quando ela pequena o pai dela não deixou ela estudar, então ela me fala para aceitar todas as oportunidades”, diz.

A secretária aposentada Rita de Cássia Mendes procurava um projeto para trabalhar como voluntária quando conheceu o Vivendo Feliz. Para Rita trabalhar com as crianças é muito gratificante. “Os meninos aqui precisam de atenção e de carinho, é tudo isso que eles precisam. As vezes quando eles saem da escola, passam na minha casa só para me dar um abraço, isso é muito bom”, afirma.


Lorena Aparecida Peixoto Oliveira, 10 anos, e Larissa Nascimento dos Santos, 9 anos, participam diariamente das oficinas de artesanato do projeto. Foi no Vivendo Feliz que elas aprenderam a criar roupas para as bonecas, peças de biscuit e a pintar. “Participar do projeto é muito legal, eu gosto de brincar e de fazer todas as atividades”, conta Larissa. Já Lorena, diz que foi por meio do projeto, que além de aprender vários artesanatos, ela fez novas amizades. “Eu conhecia algumas pessoas já, mas aqui no projeto fiz novas amizades, é muito bom participar e vir aqui”, conta.

Veja o vídeo com imagens do Projeto Vivendo Feliz

Fotos: Carlos Eduardo Alvim / Música: "Aquarela - Toquinho"

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Favela na Rede

Com o advento das novas tecnologias, principalmente com a difusão das redes sociais, a informação aumentou seu potencial. As notícias, que antes eram oficializadas por meio dos veículos tradicionais de comunicação (lê-se jornal, o rádio e televisão), ganhou força e notoriedade na mão dos indivíduos. O Viva Favela foi criado em julho de 2001 pela ONG Viva Rio como uma forma de inclusão digital, democratizar as informações e criar protagonistas das notícias, a partir de correspondentes comunitários.


Esses correspondentes são os próprios moradores das favelas, que vivenciam as experiências diariamente e as relatam através de matérias, podcast, reportagens, fotos, vídeos e produtos multimídias. As experiências do site, segundo os organizadores, mostraram que o projeto além de levantar essas vozes locais, mostram que há muito mais para se contar sobre as favelas do que as histórias que a mídia "tradicional" conta diariamente em seus notíciarios.


A missão do site é o "olhar de dentro" da comunidade, reforçando as manifestações culturais, os projetos sociais e tudo aquilo que se traduz em mudanças sociais positivas para o local. No site, a violência também é descrita, mas a partir da visão do morador, que mais do que ninguém, vivencia a realidade.





Clique na imagem para acessar ao site do Viva Favela


Ao reunir as boas histórias, o Viva Favela mostra um outro lado das comunidades periféricas e quebra com todos os esteriótipos já conhecidos. Seja através do texto, da foto ou do vídeo, esses moradores ganham voz e reconhecimento, como um espaço público no qual manifestam suas contestações, seus sonhos e seus planos e provoca um olhar crítico sobre a realidade vivenciada por cada um.


- Colaboradores da notícia

Atualmente o site conta com 1184 correspondeste espalhados por todo o país e que produzem diariamente novos conteúdos. A dimensão do site não revela apenas as caracetrísticas da comunidades do Rio de Janeiro, onde inicialmente nasceu, mas graças a rede, ajuda a criar a cara dos aglomerados do Brasil, e as histórias de vida e superação das pessoas que ali moram.


O site tem o patrocínio da Petrobrás e do Governo do Estado do Rio de Janeiro e é criado em parceria com a Overmundo, um site colaborativo voltado para a cultura nacional produzida por brasileiros, em todos os lugares do mundo, e que não ganha espaço nos veículos tradicionais.


As reportagens produzidas pelos correspondentes são postadas e recebem votos pelos leitores dos blogs. Além do site, a iniciativa produz uma revista multimídia, que é abastecida com essas reportagens e que remunera o repórter colaborativo em R$170. O projeto ainda realiza cursos de formação e concursos de texto e fotografia para os participantes.


O Viva Favela 2.0 ajuda a construir uma comunidade diferente daquele que nós vemos na mídia que nos pauta. A despeito da informação, o benefício é compartilhado por todos. Ganha a sociedade que conhece o verdadeiro lado humano das favelas (longe de estigmas), e ganha os moradores dos aglomerados que neste espaço mostram o que realmente são.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Photoexperiência

Nesta semana, os alunos do ensino médio tiveram a oportunidade de conhecer as mais diversas profissões no PUC Aberta 2011. A mostra, que reúne os cursos oferecidos pela universidade, serve de orientação para aqueles que ainda não decidiram qual carreira seguir. O evento mistura dois públicos diferentes: jovens que vêm a universidade para conhecerem as profissões e jovens que já estão na graduação e compartilham suas experiências.

Alguém sabiamente já disse: "Se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve". Escolher uma profissão é como começar a trabalhar em Photoshop. Olhando parece interessante, te oferece várias possibilidades, mas é na prática que você se depara com os desafios - e que não são difíceis de vencer. Por isso, conhecer é fundamental. Confesso que tive dificuldades, mas para conhecer e abusar da ferramenta de edição de imagens, o melhor é caminhar sem direção. Mexer e se desorientar pelo comandos, explorando o que o programa oferece. Foi assim que eu fiz.


O PUC Aberta é um mosaico de opções...

... onde a turma se reúne para conhecer e planejar o futuro...

... trocar experiências, traçar objetivos...

...explorar, questionar, interarir e descobrir que...


... o mundo e os sonhos estão em nossas mãos.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Todos pela Copa

Quando o estudante Lucas Campos Carmona, 15 anos, ouvia a transmissão de uma partida de futebol pelo rádio, uma propaganda lhe chamou atenção. Era o convite para a realização de uma prova de proficiência em inglês que serviria para medir a compreensão do idioma por parte da população de Minas Gerais, com o objetivo de formar um corpo de voluntários dispostos a trabalhar durante a realização da Copa de 2014. O estudante não hesitou e no dia seguinte fez a inscrição para participar da seletiva, já que a prova lhe garantiria um certificado e a possibilidade de trabalhar no evento.

Não só na reforma e na construção de estádios se concentram os esforços dos brasileiros. Muitas pessoas já se preparam para trabalhar durante o evento, na organização ou recebendo os visitantes. A prova da qual Lucas participou foi uma iniciativa pioneira no Brasil. “Depois de mais de 30.000 inscrições pela internet e da aplicação de uma prova, chegamos a 4.000 pessoas. Dessas 4.000 fizemos o teste de proficiência, que selecionou e certificou 1.000 pessoas”, conta a Gerente do Departamento de Testes Internacionais do Luziana Lanna, Patrícia Vale.

Lucas mostra o certificado que ganhou na realização da prova. Ele pode ser um dos voluntários da Copa em 2014

A prova foi uma iniciativa da escola em parceria com o Governo do Estado e aconteceu em algumas cidades de Minas Gerais. De acordo com Patrícia o objetivo inicial do projeto era de ver e avaliar a população mineira na compreensão do inglês. “As mil pessoas que receberam o certificado de proficiência em inglês através da prova, foram integradas a um banco de dados que foi entregue aos organizadores da Copa aqui em Minas Gerais”, diz Patrícia.

A vontade de trabalhar como voluntário na Copa, a paixão pelo esporte – principalmente pelo futebol – e a realização da prova, motivaram ainda mais Lucas. “Eu sempre gostei muito de futebol, principalmente, de esporte, e trabalhar num evento desse tamanho, eu sempre tive interesse e é uma oportunidade para você conhecer até outros tipos de culturas”, afirma.

Ouça as expectativas do estudante Lucas Carmona:

Lucas Carmona

Só que para trabalhar como voluntário, Lucas ainda terá que participar de mais uma seleção. No segundo semestre deste ano, a FIFA em seu site oficial, deve abrir as inscrições para os candidatos ao voluntariado. De acordo com o Gerente de Marketing Esportivo do Comitê de Organização da Copa do Mundo de Belo Horizonte, Gustavo Zech, o número de voluntários na Copa de 2014 pode chegar a 18 mil, ante os 16 mil que trabalharam na Copa da África. “A Fifa aumentou esse número, por causa do tamanho do país. É o maior número de voluntário que já teve em uma copa. E esse número eles já falaram que pode ser que cresça ainda mais”, conta.

Zech, que já teve a oportunidade de coordenar o trabalho dos voluntários do Pan do Rio de Janeiro em 2007, disse que além dos voluntários que serão selecionados
pela FIFA, o Comitê Organizador da Copa em Belo Horizonte pretende lançar um projeto paralelo para que outras pessoas possam trabalhar pelo sucesso do evento. “Os voluntários oficiais trabalham nos locais da competição, estádios, centros de treinamentos e nas fan fests. Temos um projeto para outros voluntários, para que eles trabalhem em outros pontos da cidade e atendam aos turistas”, conta. Para Zech, provas como a que Lucas realizou, já mostram a preocupação do brasileiro, e principalmente do mineiro, em realizar e organizar um bom evento. “A prova foi super importante para mostrar o nível de compreensão de idiomas da população e que ajuda demais na hora da escolha e da seleção para os voluntários da Copa. Mostrou também que temos pessoas aptas para trabalhar e mais do que isso, que querem trabalhar. A gente nunca teve uma experiência como essa, só o Pan no Rio de Janeiro, então a gente não tem essa cultura de voluntário, então isso foi muito importante”, analisa.

Capacitar quem já trabalha

Os projetos de qualificação profissional também estão ganhando espaço neste período pré-copa. Para impulsionar e melhorar o setor alimentício e de hospedagem no país, o Ministério do Turismo criou o “Programa Bom de Copa”. A iniciativa é destinada exclusivamente às pessoas que já trabalham e estão veiculadas a empreendimentos da área de alimentação e de hotelaria.

“A gente tem 600 vagas para o setor de alimentação e bebidas, que atendem bares e restaurantes e mais 600 vagas para o setor de hotelaria, então hoje somando a gente tem 1.200 vagas para a qualificação gratuita desses profissionais”, diz a coordenadora do projeto em Belo Horizonte, Iluska Bambirra. De acordo com ela, para participar do programa as empresas devem se cadastrar e em seguida, será feito o cadastro de seus funcionários.

As inscrições para o programa já começaram, porém as aulas só se iniciam no final de abril e serão realizadas via internet. “É um curso virtual, à distância, de 120 horas, dividido em vários módulos. Então a gente trabalha durante esses módulos com três oficinas presenciais, onde vai fazer a parte prática daquilo que foi aprendido teoricamente no curso”, conta Iluska. Outras informações sobre o Programa Bom de Copa podem ser obtidas na Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – MG pelo telefone (31) 3621-2233.

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sexta-feira, 25 de março de 2011

Rasgaram a Ficha

Ficha Limpa

As notícias que vem de Brasília nos surpreendem a cada dia mais. Nosso podcast de hoje é um comentário sobre a anulação da Lei Ficha Limpa apenas para as eleições de 2012. O que poderia se transforma numa revolução para a democracia nacional, foi ignorado pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Ficou para 2012, o ano do fim do mundo. Até quando, Brasil?

sábado, 12 de março de 2011

Sempre Alerta

A cada minuto, vários fatos acontecem e provocam algum tipo de repercussão. O ideal é ficar “on-line” e nunca se desligar do que está acontecendo. O fluxo de informações na internet é tão grande que às vezes ficamos perdidos, meio desnorteados. Notícias das tragédias naturais no Japão, por exemplo, se misturam as informações sobre a queda de empregos nas indústrias brasileiras. É preciso se ordenar.

Para isso, o Feed Reader e o Google Reader são utilizados como uma espécie de filtro. São leitores de feeds em formato RSS que vão alimentando e atualizando as informações de um site ou blog sem que o leitor precise acessá-lo. Além disso, é o internauta o responsável por escolher os assuntos que mais lhe interessam para receber as informações o tempo todo, 24 horas por dia.

O Google Reader é mais um dos aplicativos oferecidos pelo site da Google. Para ter acesso ao serviço basta ter uma conta no Gmail, entrar no site da empresa, clicar na opção “mais” e em seguida em “Reader”. A partir daí, basta selecionar os canais de informação que você quer assinar, para que uma chuva de feeds caia na sua tela. O site é atualizado a cada instante. Nos três dias em que analisamos o aplicativo, mais de 6 mil feeds foram postados.

Interface do Google Reader: Aplicativo disponível para quem possui conta no Gmail

Para utilizar o Feed Reader, é necessário que o usuário faça o download gratuito do programa que está disponível na internet. Ou seja, a sua utilização depende da instalação do aplicativo no computador. Feito isso, o usuário escolhe os canais, seleciona as suas preferências e começa a receber as informações. A cada novo feed, o programa emite um “barulho” avisando que mais notícias chegaram para serem lidas. Porém, a quantidade de feeds postados durante os três dias em que analisamos o programa, foi menor que o postado pelo leitor de feeds do Google.

Interface do Feed Reader: Baixado gratuitamente na internet.
A leitura das notícias é feita no próprio programa

Ambos os aplicativos são fáceis de serem utilizados. A interface limpa, sem muitos controles, facilita a navegação para os leigos no assunto. A vantagen de se utilizar o Google Reader está na “mobilidade” que o aplicativo proporciona ao usuário, pois pode ser acessado de qualquer computador, e em qualquer lugar. Além disso, todas as notícias podem ser compartilhadas com amigos, classificadas e enviadas por email. Outra vantagem do Google Reader é uma estatística que traz as informações sobre todas as movimentações feitas no leitor. Neste espaço são contabilizadas todos os feeds recebidos, lidos, compartilhados e também informações sobre as tendências de inscrição dos feeds pelos canais, fazendo uma análise completa do que o usuário está recebendo em seu leitor.

Em contrapartida, a vantagem do Feed Reader está na sinalização de que novos feeds chegaram. Assim a leitura pode acontecer no momento em que eles chegam e evita o acúmulo de feeds não lidos. Diferente do Google Reader, as notícias podem ser lidas no próprio programa. O aplicativo da Google direciona o leitor às páginas dos canais, enquanto o Feed Reader, abre essas páginas no lado direito de sua interface.

Se informação é prioridade, Feed Reader e Google Reader facilitam a leitura das notícias que são produzidas a todo instante. São instrumentos de trabalho para o jornalista, que ao mesmo tempo se informa e mantém esses canais, e janela que abre o mundo para o internauta, que de seu computador tem uma compreensão maior da realidade, que contextualiza e que antes de tudo, escolhe a informação que quer ter.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Museu de História Natural terá novidades em 2011

Rebeca Penido
4° Período

Os tapumes na entrada do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, no Coração Eucarístico, sinalizam que em breve o local receberá a construção de um auditório com capacidade para 220 pessoas. O espaço, ao lado do museu, beneficiará principalmente os estudantes de escolas do ensino fundamental e médio, já que palestras e cursos serão oferecidos aos visitantes. O projeto foi aprovado, mas as obras só começam no ano que vem. Mesmo assim, a previsão é de que o auditório fique pronto em 2011, com recursos financiados pela própria universidade e pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). A reforma também contempla a transformação de um pequeno barracão nos fundos em uma oficina de taxidermia, câmera fria e moldes para a conservação do acervo, pois as peças expostas no museu são, na verdade, réplicas de esqueletos. Outras mudanças no local têm como objetivo a inclusão de pessoas com necessidades especiais para que elas tenham contato com algumas peças das coleções.

O Museu de Ciências Naturais abrigará auditório, que começa a ser construído em 2011 (Crédito: Renata Fonseca)

A construção dos chamados jardins de cheiros, canteiros com flores que permitem os deficientes visuais sentirem os objetos, é considerada uma obra simples e em andamento. e faz parte das novidades do museu. Segundo o diretor do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, Bonifácio José Teixeira, mudanças para facilitar o acesso estão sempre em pauta nas decisões do museu, e cita as rampas e o elevador como exemplos de acessibilidade. Para ele, as adaptações só não são possíveis em locais cujas características específicas precisam ser conservadas, como a trilha da mata que perderia suas especificidades caso fosse cimentada. "Nestes casos, é difícil modificar porque a ideia é que a pessoa se sinta no meio da mata", explica. Em finalização, as reformas do Cerrado e da Caverna, no segundo andar do museu, estão previstas para o ano que vem. Bonifácio José explica que a parte interativa do projeto ainda não foi concluída, mas adianta que será possível clicar na imagem de um animal da época Pleistocena – entre 1 milhão e 806 mil e 11 mil e 500 anos atrás aproximadamente – e obter informações em áudio e vídeo.
Raphael Bastos, 13 anos, que já visitou o museu da PUC com os colegas da escola Desembargador Mário Matos, acredita que os recursos em audiovisual ajudarão o visitante. "É mais uma ferramenta para aprender e se divertir. Torna a ida ao museu mais fácil e agradável para todo mundo", afirma.
O Museu de Ciências Naturais da PUC fica à Avenida Dom José Gaspar, 290, no bairro Coração Eucarístico, e está aberto à visitação a partir das 8h30 nas terças, quartas e sextas-feiras, com encerramento das atividades às 17h. Às quintas o horário de funcionamento vai de 13h às 21h. O museu também abre aos sábados e feriados, de 9h às 17h. A entrada custa R$ 4, crianças de até 5 anos e maiores de 60 não pagam. Estudantes da PUC têm acesso livre mediante a apresentação da carteirinha.